segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O Bu!

Esta página será dedica ao “Bu”.

A Isabel foi uma criança que chupou bico, o vulgo “bu”. O bico era um dos poucos objetos que não podia ficar para trás nunca, porque ele conseguia trazer “paz” sempre. Rsrs. Mas o dia da Isabel largar o bico chegou e foi mais tranquilo que eu imaginava, graças a Deus!

Quando a Isabel estava com 1 ano e 10 meses eu comecei a contar para a Isabel que logo logo ela teria que largar o bu, porque os dentinhos dela estavam crescendo e se ela não largasse o bu os dentinhos dela iriam ficar tortos (e eu mostrava como, colocando os dente para fora). Ela, na mesma hora, colocava a mão na boca segurando o bu e dizia “não!”.

Com exatos dois anos da Isabel, fizemos uma viagem em família para Santiago do Chile. No dia do passeio nas Cordilheiras dos Andes, a Isabel jogou o bu no chão e no mesmo momento um cachorro da raça Golden pegou o bico da Isabel. Para a paz da nossa viagem, o dono do cachorro estava por perto e conseguiu pegar o bico da Isabel da boca do cachorro. Logo falei: “Bebel, vamos dar o bico para o cachorro, ele gosta de bico”. E ela: “Não!”.

Um mês depois deste episódio, na hora de dormir, eu procurei por toda a casa o bico da Isabel e não o encontrei. A Isabel, querendo dormir, pedia sem parar: “Bu, mamãe! Bu, Mamãe!”. Liguei para a Sandra e ela não sabia do bico. Aproveitei a situação e encarei o choro da mocinha. E como chorou! Tive que começar a dar explicações para ver se o choro parava. Eu dizia: “Escuta só, o cachorro está latindo. Será que ele passou por aqui? Será que o cachorro pegou seu bico? Você lembra daquele dia da viagem que o cachorro pegou seu bico?” Mas o choro não parou e foi até o sono chegar.

No dia seguinte, não ouve choro, mas lamentações...”O Bu, mamãe!”. Apesar de ter achado o bico, continue firme. E, de novo, a historinha: “Escuta só! Hoje o cachorro não está latindo, eu acho que o cachorro levou o bico para o neném dele que não tem dentinhos e pode chupar bico!” A Isabel prestava atenção na história, mas continuava a pedir o bico.

No terceiro dia, a Isabel não chorou nem lamentou, apenas perguntou: “Mamãe, o bu?” E eu comecei a contar a historinha “O auau levou o seu bu para o neném dele que não tem dentinhos. Que bom, né? O neném vai ficar bem e você também, porque você já tem muitos dentinhos e não pode chupar mais bico, né?”. 

A partir de então, sempre que se falava no bu a historinha era contada e depois a própria Isabel ajudava a contar. Eu: “Isabel, o que aconteceu com o seu bu?” Ela: “auau”. Eu: “Ah! O auau pegou, né? E levou para quem?”. Ela: “neném”. “Ah, porque o auau neném não tem dentinhos, né? Mas você tem muitos e não pode mais chupar, né?”. E ela toda feliz mostrava os dentinhos que já possuía. Rsrs.

Bom, e assim os dias foram passando e o bu deixado de lado completamente!!!


Acredito, agora, que o próximo desafio será o desfralde!!! E vamos que vamos!!!




terça-feira, 7 de junho de 2016

A maternidade é...

Hoje passo para colocar o diário em dia.

Ao ler os posts anteriores sobre a Isabel percebo que sempre destaco em meus dias a alegria, o amor e a felicidade de cuidar da minha princesa. Sem dúvida nenhuma, é isso que sobressai, mas isso não é tudo.

A maternidade apesar de ser extraordinária é muito exaustiva!!! Desde que a Isabel nasceu a minha vida gira em torno dela. Os meus atos mais simples e as minhas necessidades mais básicas são executados de acordo com ela e muitas vezes com ela. Comer, beber água, tomar banho, ir ao supermercado, enfim, tudo, tem que ser planejado para ser bem executado. Mas o cansaço é tão presente que nem sempre dá para planejar.

Minha cabeça parou de funcionar, meu raciocínio está lento, já fui trabalhar com um sapato da cor preta e outro da cor creme, falo frases desconexas e nem consigo lembrar agora dos vários exemplos que ocorrem diariamente em minha vida porque continuo cansada!

Ter um filho é fácil; difícil é cuidar, educar, “construir” um cidadão.

Em relação à alimentação da Isabel, eu e o Dani optamos por oferecer uma alimentação com legumes, frutas, zero açúcar (refrigerante, chocolate, sorvete, doces e cia) e zero industrializado nos primeiros anos de vida.

Em relação ao comportamento e fala, tentamos sempre ações positivas, carinhosas, sem qualquer tipo de violência física ou psíquica. A intenção é ganhar o mundo por meio do amor. Sempre fui educada por meio do diálogo e é assim que desejo fazer com a Isabel. Limites, com certeza eles existem, mas tentamos coloca-los de maneira sutil, compreensiva. Não quero ter que impor regras, quero educar! Respeito é a palavra chave dessa educação.


Hoje, a Isabel está com 1 ano e 8 meses e, na natação, já mergulha para pegar as argolas no chão, toma benção, corre para ver o avião passar, dança quando escuta música animada, vai todos os dias da caminha dela até a minha cama me acordar de madrugada pedindo mamadeira, é uma ajudante admirável.....é uma fofura sem fim!!! 









Pai!



Remexendo no arquivo achei a cartinha que escrevi para o meu pai quando ele fez 70 anos, em 17/01/2016. Observo, hoje, que as palavras foram poucas diante do amor que existe em mim...

Para não perder no tempo, aí vai:

Belo Horizonte, 17/01/2016.

Pai,

Falar do senhor é falar de amor, de felicidade, de amizade!
Ainda, hoje, quando fecho os meus olhos, revivendo uma de minhas lembranças mais remota, vejo nós dois. Na verdade, vejo nossas mãos: nós, eu deitada no berço e o senhor na cama, estamos de mãos dadas prontos para dormir! E o sentimento que sinto ainda hoje é de amor, de proteção.
Já a Felicidade, esta é a minha companheira de vida, um estado de sentimento que me pertence. Desde que me conheço por gente o senhor me ensina a ser feliz e da maneira mais verdadeira e simples que existe!
Obrigada é pouco para retribuir ao senhor o que sou, porque sou muito e me orgulho de quem sou!
Quando dizem por aí que o exemplo é o único modo de educar, eles não estão exagerando. Os seus exemplos são os meus nortes: generosidade, amorosidade, dedicação, cautela são alguns de seus evidentes exemplos dos quais me orgulho muito de ter em casa!!!
Quando paro para pensar na família na qual fui inserida para crescer e observo que tenho alguém como o senhor e a minha mãe para me orientar e acolher, me sinto, absurdamente, afortunada.
Um dia, passeando pela praia e visitando as intermináveis feirinhas de artesanato, nos deparamos com uns gnomos de massinha. Dentre os gnomos existia, por exemplo, o do amor e o da profissão. Vergonhosa para escolher o gnomo do amor, pedi a sua sugestão. O senhor, amorosamente, me sugeriu: __ Minha filha, pega o gnomo do amor, porque quem tem o amor tem tudo!. Como é sábio este meu pai!!!
Bom, eu posso sentar um dia inteiro, uma semana, a minha vida toda para relembrar os vários momentos que passamos juntos, para falar do quão bom é crescer ao lado do senhor, o quão bom foi ter nascida sua filha! São tantas boas memórias, são tantos exemplos!!!

Pai, eu te amo!!!

Parabéns pelos 70 anos de boa vida!!!!

Com carinho,
Janice


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

1 ano e 4 meses da Isabel


Hoje, a Isabel está com 1 ano e 4 meses.
Quanto ao equilíbrio, a Isabel se desenvolve muito bem!!! Ela deu seus primeiros passinhos sem se segurar aos 10 meses e andou, tranquilamente, com 11 meses.
Quanto à fala, aaah! Como fala pouco esta menina! Arisca um “zizizi, já!”, que quer dizer “1, 2, 3 e já!” para a inércia em geral. Se ela quer me levar em algum lugar, ela pega na mão e fala “zizizi, já!” me puxando. Outro som compreensivo que ouvimos com certa frequência é “monnnnn” da vaca. Ela aperta nosso nariz e faz o som da vaquinha, como o tio Breno ensinou ainda com meses. A Isabel se vira mesmo é na mímica.
Tanto é que o que me chama mais a atenção na Isabel é a sua capacidade de aprender e de compreender através dos atos que praticamos.
Esses dias, estávamos jantando uma massa ao molho bolonhesa. Quando acabei de comer vi aquele caldinho tudo de bom no fundo do prato. E o que fiz? Caí de boca no prato. Quando olho para o lado vejo a Isabel me observando e penso, “minha filha, você não precisa aprender isso!”. Levantei, fui até a pia ficando de costas para a Isabel. Quando olho de volta para a Isabel – questão de 5 segundos -  vejo a boca e a roupa da Isabel toda suja de molho. O que aconteceu? Ela tinha feito os mesmos movimentos que eu tinha feito com o prato, e repetiu novamente com eu olhando. Claaaaro que eu tentei explicar para ela que o que a mamãe tinha feito não era o correto e que ela não precisava repetir, mas isso não serviu de nada. Volta e meia, pego a Isabel levando o prato na boca. rs
Além desse caso, a Isabel, vira e mexe, faz um “psiu” de silêncio levando o dedo na boca quando há barulho destoando do natural.
Sem falar que toda vez – neste período de janeiro – que falo em pernilongo a Isabel já bate palminhas no alto como se tivesse matando o pernilongo!! rs
Por fim, vale registrar que a Isabel demonstra ser uma criança muito carinhosa, tranquila, que adora brincar, passear, curtir a vida!!!